sexta-feira, 13 de julho de 2012

Legado dos Dragões - TERRA

Continuando os bastidores do meu projeto mais antigo (confira as postagens anteriores dos dias 29 de Junho e 06 de Julho), hoje o elemento é a TERRA. Como dito anteriormente, utilizei muitas criaturas do cenário fantástico medieval para compôr a equipe de heróis desta série. E, para representar a terra optei por um indivíduo élfico, que muito tem a ver com a pegada de preservação do ambiente onde se vive. Na verdade, não foi um elfo o convocado, mas, sim, uma ELFA. Uma ranger de orelhas pontiagudas e cabelos curtos castanhos, Lega Fahr tinha um traço não presente nos outros elfos conhecidos da literatura: um par de manchas sensitivas na testa. Na realidade que eu havia criado, isso era comum a todos os desta raça. Não cheguei a desenvolver muito desta personagem, já que, na verdade, era para ela ser uma ex-amante de Imal que não aceitava bem esse negócio dele estar sempre embarcado e nunca com ela, vivendo suas aventuras. Por ter um ligação direta com a terra, Lega não poderia ficar muito tempo longe do solo, pois começava a se sentir fraca (conceito de MANA). Aos poucos ela vai ficando mais nobre e vendo que sentimentos mundanos e mesquinho a deixavam fraca. Em determinado ponto, ela chega a ser prometida em casamento a um príncipe elfo-negro para selar a paz entre as raças, mas não passava de um joguete para que ela não só se afastasse da equipe rebelde de Carol, Imal e Bast, como também para que o seu Legado não fosse despertado. Como prova de boa fé, o pai de Lega, Crulo, entrega um pingente - que é o artefato que ativa o Legado de Lega - ao seu futuro noivo. Após a quebra da máscara política por trás deste casamento, Lega reata com seus companheiros e não só rompe relações com sua tribo, como também deve recuperar o pingente.
Lega Fahr manifestando seu legado sem (esq) e com (dir) o artefato-chave, em 1996.
Mas houveram mudanças em 2003/2004: como Imal foi convertido num meio-elfo-do-mar, a cota élfica já tinha sido preenchida na equipe. E como já existiam duas fêmeas na equipe (em breve a segunda será apresentada), achei interessante colocar alguém mais rústico para representar a TERRA. Sai Lega Fahr, a virginal ranger elfa; entra Horggen, um desastrado e deselegante druída goblin. Horggen faz parte de um das poucas tribos "civilizadas" goblinóides, instalada na cidade de Makiohr. Instruído nas artes místicas profanas da Mãe-Terra, Horggen sofre de um retardo mental, até mesmo para um goblin e, por mais que desacreditem o jovem Horggen, ele crê piamente que sua magia é poderosa. Aos olhos leigos, pode parecer um ritual similar ao candomblé ou umbanda, mas a sua magia goblinóide não sacrifica. No seu cajado, há um pequeno boneco vodu que, embora não saiba, é seu artefato-chave do Legado. Ao seu lado, sempre está um corvo sacana chamado Alfred, que, na verdade, é seu irmão Ol-Loyrk - que executou uma magia erradamente e teve sua alma trocada com a do corvo que usava em sua magia. Alfred sempre cuida para que seu irmão não execute magias de maneira equivocada, e também não permitindo que ele descubra que é seu irmão transformado, pois teme que, caso saiba, entre na asneira de montar um feitiço para desfazer a burrada e piorar tudo. Horggen se gaba de ser descendente direto do Grande Goblin Paladino, um herói goblinóide devoto da única deusa goblinóide daquele mundo e que cavalgava uma enorme Tarantula Gigante. A história pode ser falsa, pois Paladinos são celibatários e não haveria como ele ser descendente direto, mas ninguém entra nesta discussão com o jovem druída por que não vale a pena. O semblante de Horggen - por mais que seja feio - é sempre amistoso, um sorriso meio banguela amolece o coração de muita gente e é esta simpatia que faz Horggen ser tão bem quisto na equipe. Mas essa inocência é usada de má-fé por um dos membros da equipe.
Horggen, o druída goblin, em 2003. Inocência e poder.
Alfred (Ol-Loyrk), o corvo sacana, em 2003. Proteção extrema e temor constante.
Você vai notar nos estudos de 2012 que as mudanças de Horggen são mínimas, quase nulas. É um personagem muito bem fundamentado e, acredite, muito querido. Ele é o xodó da equipe, mas que por ninguém levar a sério é um trunfo sob a manga.

Quando eu era menor, sempre achei que os morros eram carcaças de dinossauros deitados de bruços, onde nasceram plantas, musgos e coisas assim e que, no momento certo, eles despertariam e seria o Inferno na Terra. Sério mesmo. Hoje em dia sei que não é, mas é interessante revisitar a minha cabeça naquela época e brincar de ver como seria um dinossauro caído e descansando ali onde é um morro. Com este conceito infantil, fiz a estrutura corpórea do Dragão Terrestre: ele não voa - no máximo plana - e corre como ninguém. Então, caprichei na aerodinâmica, sistemas de combate com uma cauda espetada (misturando um Anquilossauro com Estegossauro) e encaixe de pescoço lembra muito a de dinossauros velocistas e de embate por cabeçada (como o Paquicefalossauro).
Dragão Terrestre, em 1996. Mais placas, menos escamas.
Dragão Terrestre, em 2003. Cabeçada fatal e asas menores.

Para o conceito de 2012, devo mudar bastante o indivíduo de 2003 e aproveitar basicamente nada do de 1996. Acho que a pegada paleontológica da coisa tá muito boa. Fundamento biologicamente a criatura, pois é minha área (tanto biologia quanto paleontologia).

Gostou? Divulgue. Comente. Obrigado pela visita, volte sempre e até semana que vem!

Imagem:
1) por Vitor Hugo Mota, em 1996;
2) por Vitor Hugo Mota, em 2003;
3) por Vitor Hugo Mota, em 2003;
4) por Vitor Hugo Mota, em 1996;
5) por Vitor Hugo Mota, em 2003.

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