quinta-feira, 19 de julho de 2012

Forever Young - Os Eternos: Jason Walesa Campbell (Primeira Edição)

Dando continuidade ao meu projeto mais emotivo, hoje eu falarei sobre um irmão de Justin. E meu também. Tenho um amigo, Nélito Oliveira Duarte. Advogado. Policial. Estudei com ele no Colégio Santa Mônica de Campo Grande por dois anos, mas foi tempo suficiente para sermos como irmãos. Passamos por muitas enrascadas; fizemos muita zoeira; jogamos muito RPG e fizemos muitos projetos nerds legais. E eu fiz dois personagens para ele: o primeiro, um desmemoriado vampiro chamado Katrill Smerdiakov II; e o outro, o meu irmão (irmão de Justin): Jason Walesa Campbell.
Foto da Família Campbell, em fevereiro de 2001. Justin em destaque.
Jason Walesa Campbell é o filho de William Campbell e Natasja Walesa Romanoff, uma baronesa do leste russo. Não podendo assumir seu romance e muito menos a legítima maternidade do jovem Jason - nascido no outono de 1483 -, Natasja deu um pedaço de terra aos Campbell, onde se tornaram plantadores de batatas e produtores de vodka feita deste tubérculo. Com este afastamento da figura materna, Jason cresceu duro e frio, mas sempre teve seu pai e irmão para acalentar seu coração. Mas, um dia, após 25 anos, Curdian, a Maldade que Vaga, chegou aos campos de Campbell, pretendendo dar fim ao que começou na Escócia. Na batalha, Justin e Jason foram apunhalados mortalmente, mas, 3 dias após o fato - tendo Curdian sendo expulso por um exército de camponeses determinados - os irmãos ressuscitaram, sendo visto como demônios ao surgirem da tumba. Mais uma vez rechaçado, William rumou com os filhos para longe, com destino à Alemanha.

Depois de muitas aventuras com seus irmãos - que nasceram posteriormente -, Jason partiu assim que seu pai e Curdian tiveram o seu embate derradeiro. Lutou com demônios, tornou-se católico ortodoxo, teve várias esposas e sempre um vazio no coração deixado pelos irmãos. Um homem obcecado com a necessidade de fazer justiça, Jason sagrou-se advogado e levou os olhos da lei e da punição aos crimes às localidades mais exploradas e sofridas do Leste Europeu. Quando sentiu a necessidade de rumar para São Francisco - Califórnia, o Imortal Russo reencontrou seus irmãos e conheceu novos amigos, porém, assim como estes, foi chantageado pelo Governo que, em troca do anonimao da existência dos imortais e outras criaturas sobrenaturais, prestaria serviços onde agentes secretos normais não lograriam êxito.
Dr. Jason W. Campbell, em outubro de 2001
Por ter visto muitos de seus amores morrendo enquanto permanecia jovem, Jason teve seu "paladar" muito apurado na hora de entregar seu coração. Mortais não são mais uma opção, a não ser que seja algo de uma única noite. Vampiras, Anjos, Demônios-Succubus e outras criaturas femininas sobrenaturais atraem o instinto de aventura do Imortal, a vontade de domar um espírito livre pela eternidade. E ele leva à sério seus relacionamentos, tendo todas as suas parceiras "especiais" morrido estando em relacionamento fiel com Jason. Após ter sua amada Captare (casta angelical) morta por Johann (irmão de Jurgenn, citado na postagem anterior), Jason tentou cegar-se para o amor até que não houvesse mais ameaça para seu coração, mas surgiu Manoela: vampira portuguesa extremamente sádica que deve sua "pós-vida" prolongada ao Imortal Campbell russo. Desde então, os dois vivem um tórrido, incomum e estarrecedor caso de amor na Mansão Campbell.
Manoela e Jason: paixão imortal. Dezembro de 2001.
A infância e adolescência dura e fria de Jason o fizeram um sobrevivente-nato. Qualquer arma é mortal em suas mãos, mas um Machado de Guerra é a sua favorita, pois não só é um absurdo em combate, como também intimida seus oponentes pelo tamanho. Jason mede mais de 1.90m, então imagine o tamanho que não se projeta numa manobra ofensiva com um machado destes. É como se a própria morte viesse lhe ceifar a vida. E é preciso uma força física enorme para que a manipulação do Machado de Guerra seja efetiva. Jason é de uma força bruta inquestionável e um combate corpo-a-corpo com ele pode parecer vantajoso para os ágeis, mas um soco seu basta para dar fim à luta.

Como visto na postagem de Justin, houve um crossover entre os dois "universos" de personagens: os Vampiros de Smerdiakov e os Imortais Campbell. Como disse anteriormente, havia um personagem dos Vampiros de Smerdiakov que pertencia ao Nélito: Katrill Smerdiakov II. E eu fiz questão que ele fosse o mais parecido possível com o meu amigo.
Os Vampiros de Smerdiakov: Katrill Smerdiakov II fazendo "chifrinhos" em seu "pai".
O interessante é que, por ser um brutamontes, Katrill II teve a responsabilidade de deter Jason Campbell no embate entre as Famílias. Era Nélito Contra Nélito e foi muito legal desenhar isso.
Jason vs Katrill II: Imortal contra Vampiro. De agosto de 2001.
Nélito Oliveira Duarte. Advogado. Justo. Forte. Um amante das mulheres, mas que entregava seu coração apenas a uma. Um irmão. Um imortal. Pelo menos, em nossos corações. Nélito foi morto por defender o que era certo, por ser um homem de bem. Por muitas vezes me culpei por ter me distanciado do meu amigo, que tinha casado e tido uma filha. A vida faz isso, não há maldade neste ciclo. Culpei-me por achar que, estando perto, ele não teria seguido carreira na polícia, ter criado desafetos com a milícia e, por conta disso, ser alvejado na esquina de casa, enquanto comprava um maço de cigarros. Chorei muito sua partida e meus olhos ainda criam lágrimas ao lembrar que tiraram meu amigo antes que eu pudesse dizer o quanto eu o amo aqui no meu coração. Não é viadagem. É amor de irmão. Onde você estiver, você sabe disso.

Encontrei um poema feito por Mônica Parreira em seu blog "monicaparreira.blogspot.com.br" para o meu amigo Nélito. Clique na legenda da foto para visitar. Obrigado, Mônica.
E um vídeo montado provavelmente pela sua esposa foi postado no youtube e pode ser visto abaixo. Compartilho a dor de vocês.

Todas as imagens foram pintadas a mão, com caneta hidrocor e lápis de cor Faber Castell.

Gostou? Divulgue. Comente. Obrigado pela visita e volte sempre!

Imagem:
1) por Vitor Hugo Mota, em 02/02/2001;
2) por Vitor Hugo Mota, em 03/10/2001;
3) por Vitor Hugo Mota, em 22/12/2001;
4) por Vitor Hugo Mota, em 13/09/2000;
5) por Vitor Hugo Mota, em 07/08/2001; 
6) Fonte: http://monicaparreira.blogspot.com.br/p/nelito-duarte-o-menino-e-o-direito.html;
7) Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=37y6HsO_iMs

EM MEMÓRIA DE NÉLITO OLIVEIRA DUARTE. MEU AMIGO.

4 comentários:

  1. Cara, eu me lembrei do dia em que me contou do Nélito. Foi duro bicho!
    E cara, para de me fazer chorar!

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  2. Então, não derrame uma lágrima por ele. Derrame uma garrafa de cerveja, pois seria o que ele gostaria de ter com os amigos.

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  3. Olá Vitor Hugo Mota, sei que não tem muitas simpatias por mim.... Mas venho aqui de coração!!! Como esse menino nos faz falta!!! Ainda dói demais, lhe convido para vir conhecer um pedacinho do que o Nélito deixou: Maria Catarina Batista Duarte, e rever tia Nele que também perdeu seu segundo filho Neimar Oliveira Duarte. Me encontre no Face Karin Danielle. Um grande abraço.

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    1. Danielle, não sei de onde você tirou que não tenho muita simpatia por você, já que não tivemos praticamente nenhum tempo de convívio para que eu pudesse firmar um posicionamento em relação à sua pessoa. Na época em que você e o Nélito se uniram, eu já estava em outros processos da minha vida, nem era tão presente na amizade que tinha com nosso ente perdido. Se tem uma coisa que me arrependo de não ter impedido na época em que me afastei dele não foi o dele ter casado contigo ou o da benção em forma de criança, mas a de ele ter seguido a carreira policial. Se alguém lhe passou algo diferente disto, saiba que não é verdade.

      Fico feliz pela sua visita e por ter apreciado a homenagem feita a este coração em forma de gente que era o Nélito. Foi bastante sincera e acredite: dói em mim relembrar dele até hoje. Mas aceito, sim, conhecer o legado deixado pelo nosso querido Nélito e prestar minhas condolências à Dona Neli. Fiquei sabendo da morte do Neimar através da Suanny Lacerda, e, conhecendo o temperamento do Neimar e como ele se abalou com a partida do Nélito, imagino de leve em que condições ele deve ter se despedido.

      Vou te encontrar no Facebook e falaremos melhor.

      Um Abraço. Vitor Hugo Mota.

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