sexta-feira, 6 de julho de 2012

Legado dos Dragões - AR

Dando continuidade aos bastidores de criação do meu projeto mais antigo, apresento outro herdeiro do Legado dos Dragões. A idéia inicial sempre foi utilizar o cenário de fantasia medieval, mas, para não ficar totalmente focado na literatura anglo saxônica, decidi criar raças novas de criaturas racionais para compôr o elenco principal. Desta forma, criei raças como os Kittos, Zatzorianos, Barprulexios e alguns outros que me reservo ao direito sagrado de alegar incontestavelmente que... não lembro o nome! Hoje, eu apresento o representante da raça Kitto, Bast Etos, de uma tribo glacial. Bast é um caçador de baixa estatura, que, apesar de baixinho e hostilizado pelos colegas de tribo, é feroz justamente para fugir deste estigma. E não só do fato de ser pequeno, por ser também filho adotivo do xamã local. Fugindo de qualquer regalia que possa ter por isso, Bast é tudo o que seu pai não é: agressivo, impulsivo, temperamental e individualista. O que Bast não sabia era a motivação para que o xamã o acolhesse entre os Kittos daquela tribo. O velho sábio vira no pequeno Kitto traços do Legado do Dragão e que uma pessoa como esta não só deve ser preservada, como também louvada, já que é a salvação no derradeiro momento de crise. E se existe um Herdeiro, é por que a grande crise se aproxima. Após um ataque avassalador a sua tribo que deixou poucos sobreviventes, Bast se junta a Carol Montenegro e Imal Jaffee na missão de resgate aos companheiros capturados, como também na vingança da morte de seu pai. E, um dia, Bast viria a encontrar o artefato que libertaria o seu Legado do Dragão.
Bast Etos, manifestando o Legado com (esq) e sem (dir) o artefato-chave, em 1996
Mas aí veio a revisão de 2003-2004 e eu percebi que se criasse novas raças tão diferentes seria difícil ter um apelo ao público, então tive de repensar em alguns personagens (a maioria, na verdade). Nesta época, passei muito tempo em Santa Catarina, onde me relacionei com uma moça durante um ano e meio. Gostava muito do tema, jogadora de RPG, leitora de quadrinhos, gostava de desenhos e filmes de todos os tipos. Isto criou base para que eu a escutasse em relação a cultura nerd e pop, ela tinha conhecimento de causa. E, por conta dessas constantes ajudas, resolvi homenageá-la de alguma forma na época. Como ela gostava de gatos, morava num lugar frio de lascar e tinha uma personagem caçadora das terras geladas, resolvi ceder o posto de Bast Etos para ela. Entra, então, a Tigrantropo (repita isto três vezes rápido) Thurisaz ("aquela que veio do local entre o céu e o mundo comum, os picos mais altos"). Ao invés de ser adotada e receber o calor terno de um pai/mãe, Thurisaz foi criada nos mais altos picos daquele mundo e se tornou fria e avessa a sentimentos, assim como o ambiente onde morava. Não cheguei a pensar nos motivos que levariam Thurisaz a se juntar à comitiva dos Herdeiros, mas quem sabe a mesma chacina na tribo Kitto (logicamente adaptada pra uma raça esquimó) poderia mostrar um calor dentro da caçadora fria, né? Questão de estudo. E por ser mais ligada ao seu lado animal interior (afinal, se transforma em tigre branco humanóide e tigre branco total), domina mais a essência herdada, tornando o instante de libertação de seu Legado apenas uma questão de tempo até encontrar o artefato-chave. Outra coisa interessante é que, por não ter necessidade de cuidar de estética e não saber a diferença entre os sexos, Thurisaz parece assexuada, muitos a confundem com um homem.
Thurisaz, a caçadora que se transmuta em Tigre Branco, em 2003
Os estudos que fui fazendo para a personagem em 2012 não a fizeram mudar muito fisicamente. Só dei alguns retoques na vestimenta e a tornei um pouco - pouco mesmo - mais feminina, para manter a essência reclusa e fria dela, mas dar margem para os outros, no futuro, desconfiarem que ali há uma mulher atraente. Aguarde as revisões de concepção de Thurisaz em breve.

Agora, segue a arte do Dragão Glacial, com o qual Bast Etos/Thurisaz se relacionavam essencialmente (cada um em sua época):
Dragão Glacial, em 1996
Dragão Glacial, em 2003
Devo aproveitar pouco da reformulação dos Dragões Glaciais de 1996 e 2003, por que quero integrar cada vez mais o dragão ao ambiente e ao elemento que representam em essência. Devo, de repente, manter os pêlos, que acho interessante contrastar o calor necessário no frio onde ficam. Aguarde, também, imagens desta reformulação.

Gostou? Divulgue. Comente. Obrigado pela visita, volte sempre e até semana que vem!

Imagem:
1) por Vitor Hugo Mota, em 1996;
2) por Vitor Hugo Mota, em 2003;
3) por Vitor Hugo Mota, em 1996;
4) por Vitor Hugo Mota, em 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário