quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Dossiê DUST:Assuntos Mortos Nem Sempre Estão Enterrados

Colocando em panos limpos o Trajeto da Apavorante Cadáver: Fantasmagoria

Fantasmagoria teve como base de criação Thelma de Sousa, membro da comunidade "Smallville Brasil". A jovem de São Bernardo/SP tinha uma participação discreta na comunidade, mas tinha bom senso e critério para compôr uma equipe auxiliar ao DUST. Não tive oportunidade de trocar muitas conversas com a moça, mas parecia bastante sensata e analítica. Na prática, não sei ao que vinculei a origem da personagem e seus poderes à atuação de Thelma no grupo virtual - acredito que não bate em nada - mas valeu para criar um bom desafio.

A princípio, Fantasmagoria era uma ameaça à noite de São Paulo, no quinto episódio do grupo de heróis: "Calada da Noite". Nesta história, um regimento da equipe deve investigar acontecimentos bizarros que assolam as imediações das marginais Pinheiros e Tietê. Lá, cada herói enfrenta manifestações de seus maiores temores incitados pelo espírito perturbado de uma jovem vítima do ataque alienígena que devastou aquela região da cidade. Somos convidados a revisitar o segundo episódio, onde Poison Lan lutou contra uma das cópias da ameaça, que lançou um ônibus de cima de um viaduto em direção ao rio Tietê. Quase todos os passageiros sobreviveram, com exceção de uma jovem, que acabou presa nas ferragens do banco do coletivo e desceu ao fundo do poluído rio paulista, falecendo. Sua morte foi somada às estatísticas de desaparecidos durante o grande ataque a terras tupiniquins. Agora, com a alma perturbada entre os dois planos - fisico e etéreo - a moça conta com um corpo reanimado por energia indeterminada somada às águas "experimentais" armazenadas no rio Tietê.

Após ter sua morte esclarecida e os supostos culpados "perdoados", a ameaça some, com a bênção de Poison Lan e seus companheiros. Mais adiante, quando a equipe se encontra sob o domínio de um inimigo maior, Zero Grau reúne cinco indivíduos catalogados nos relatórios do grupo como possíveis aliados e forma convoca os Membros da Reserva. Dentre eles, o herói gélido escala Fantasmagoria com receio, pois não tem certeza do que motiva a morta-viva. Mas uma coisa é incontestável: suas habilidades são de um grande valor e, se conduzidos de forma correta, farão a diferença na missão de resgate. Fantasmagoria fica mais poderosa quando explora o medo de seus alvos, adentrando a mente de seus oponentes e devorando seus temores. Quanto mais debilita seus adversários, mais forte a morta-viva fica, porém menos próxima à redenção ela se encontra, o caminho para sua paz espiritual. Desta forma, ela deve sempre fazer uma escolha: ou usa seus poderes e esquece parcela do que conseguiu na busca por sua identidade (Fantasmagoria não recorda de sua vida pré-mortem); ou se omite para manter sua humanidade, mas compromete a vida dos colegas. Não importa que decisão tome, ela será egoísta, justamente o que ela condena. Abaixo, o primeiro conceito, de 2005 (no qual eu a deixei com aspecto mais de fantasma), e a imagem que serviu de componente para o pôster publicado no dia 21 de Junho (mais zumbi que espectro):
Fantasmagoria: de estatística de indigentes a ameaça regional
O último conceito, de janeiro de 2007, serviu como base para a elaborar a reformulação mais recente. Poucas adições foram feitas, mas fiz questão de que o "uniforme" da cadáver ambulante fosse sempre a roupa com a qual ela veio a falecer no princípio da história.
Fantasmagoria: algumas vezes, o Tietê cospe algo de volta.
Chegamos à etapa onde devo escalar quem poderia dar "vida" à funestra personagem. Pesquisando alguns atores/atrizes na net, acabei encontrando o perfil da atriz mineira Chandelly Braz, de 27 anos. No início, para recolher informações sobre a moça fiquei num dilema entra sua naturalidade: Pernambuco ou Minas Gerais, mas logo vi que ela nasceu em Domingos da Prata/MG e, recém-nascida, foi para Pernambuco. Provavelmente, você só deve ter visto Chandelly - se já a viu - de relance em papéis mais... voluptuosos, mas acredito que seria um desafio como atriz a moça interpretar uma morta-viva desprovida de sensualidade, que fosse a encarnação da própria agonia na Terra. A imagem abaixo corresponde a uma estrutura física que a moça já teve e que é plenamente aceitável para a personagem. Não vejo por que Chandelly Braz deixaria de interpretar Fantasmagoria.
Chandelly Braz, atriz mineira de 27 anos
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Imagem:
1) por Vitor Hugo Mota, em 28/11/2005 & 29/01/2007;
2) por Vitor Hugo Mota, em 19/08/2012;
3) Fonte: Central de Notícias, em 14/11/2010
4) por Vitor Hugo Mota, em 05/02/2008, 24/07/2009, 19/01/2010 & 17/08/2010.

ILUSTRAÇÃO BÔNUS
 Poison Lan, de 2008 a 2010: responsável colateral por Fantasmagoria

Um comentário:

  1. O rio Tietê dando poderes é engraçado ehhehe São Paulo seria uma cidade mutante :) a Umbrella podia usar o rio pra espalhar a morte pelo Brasil todo :)

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