terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dossiê DUST: Nunca Julgue Um Livro Pela Capa

De tocaia no Trajeto do Rastreador Bestial: Farejador
Farejador foi baseado no moderador de "Smallville Brasil" Wilber, que sempre teve um bom relacionamento com todo mundo. Tinha uma presença marcante e conseguia identificar com poucas buscas um membro da comunidade com intenções duvidosas ou um novo integrante desorientado quanto às normas de bom uso da ferramenta digital. A gente dizia que ele conseguia "farejar" problemas de longe. Com esta política boa praça e capacidade de rastrear os problemas, Wilber se tornou um tipo de predador-nato, que espreita seus agressores: um lobo. E qual o único "lobo" que temos em território tupiniquim? O Lobo-Guará. Sua pelagem foi fiel a este espécime. Mas como ele se tornou este lobisomem brasileiro?

Primeiramente, é preciso entender a gênese do personagem. Sua mãe era uma índia no sudoeste amazonense, membro de uma tribo com pouco contato com a população branca. Ainda jovem, a índia descobriu-se grávida e disse ao seu pai - o pajé - que tinha sido cortejada pelo lendário Mapinguari, uma criatura mítica das florestas amazônicas. A vergonha da sua filha estar grávida de um desconhecido e a influência de sua palavra fizeram com que o pajé decretasse a jovem índia como patrimônio místico da tribo e que sua gravidez deveria ser louvada. Mas, com a morte do conselheiro espiritual, a índia foi exilada por representar a maculação da cultura daquela tribo.

Vagando pelas florestas, logo a grávida foi acolhida por um líder ambientalista branco, William Bernardes. A paixão platônica pela índia fez com que o ambientalista jurasse assumir a paternidade da criança, dando-lhe todos os subsídios para que não fosse vítima - mais uma vez - da ignorância. Mas William nem imaginava que, ao fim de nove meses de gestação, a índia pariria um bebê que mais e assemelhava a um cão: nasceu com toda a estrutura de uma criança, mas com pêlos castanhos, pequenas presas finas na boca e almofadas nas palmas da mão e plantas dos pés e dedos, além das orelhas pontiagudas e do focinho escuro e molhado. Mantendo sua palavra e demonstrando um amor incondicional pela índia e sua cria, William reconheceu o bebê comos eu filho: Wilson Bernardes.

Mas, por medo de como as pessoas reagiriam à sua existência, William tratou de educar Wilson em casa, longe dos olhos da sociedade. Após a morte de William na mão de madeireiros clandestinos e dos abusos inferidos à sua mãe, Wilson decide fazer justiça pela selva que seu pai tanto defendia: espreitando pela copa das árvores, correndo pelas clareiras úmidas e atacando de trás de rochas, o jovem "Mapiguari" tornou-se uma Besta Vigilante implacável, mas com moral mais humana do que a dos que mataram seu pai. Wilson ataca seus oponentes e os entrega às portas da polícia florestal, mas pensa muito em cruzar a linha entre o correto e o eficiente.

Mas como surgiu o nome "Farejador"? Naturalmente, por se tratar de uma "Lenda Moderna" da Floresta Amazônica, Wilson não se preocupou em contrair um codinome. Mas, durante a aventura "Lei da Selva" - o 16º episódio da equipe - o jovem "mutante" vê a ação altruísta de quatro heróis da "cidade" contra exploradores inescrupulosos de tesouros perdidos: Arcanjo Zero, Capitão Falcão, Nervoso e Poison Lan. Vendo que nem todos os homens brancos (e mulher amarela) são ruins, Wilson decide apoiar o quarteto, com quem desenvolve uma amizade instantânea. Por ser um rastreador-nato, se guiar pelo nariz entre as árvores, ele recebe dos heróis o apelido de Farejador. Abaixo, imagens que datam de novembro de 2005 e janeiro de 2007, esta última figurando da ilustração coletiva publicada no dia 21 de Junho:
Farejador: a prova de que a qualidade de um produto está dentro da embalagem, e não nela.
Em setembro de 2007, um estudo de rotação de Wilson Bernardes/Farejador foi elaborado, dando um pouco mais de bestialidade ao personagem, usando o Lobo-Guará como base de pelagem do herói silvestre. Como Wilson não possui uma forma "humana", o estudo se limita ao que ele usa roupas mais rústicas e camufladas (uma bermuda e um boné - uma das coisas que o Wilber, da comunidade "Smallville Brasil", sempre usava).
Wilson Bernardes/Farejador: mais animalesco e mais sério.
Para um novo pôster dos Membros da Reserva, Farejador recebeu uma levíssima repaginada, onde a maior mudança ficou na mudança da cor da ponta de sua cauda e da parte interna das orelhas.
Farejador: "a selva é implacável. E eu sou seu agente."
E, para interpretar o nosso vigilante amazonense, pesquisei algum ator jovem, que esteja se destacando a um tempo em várias mídias, que tenha uma simpatia inocente e discreta, mas também possa parecer feroz e forte. Não me arrependo em ter selecionado Thiago Martins, ator e cantor carioca de 24 anos, que vem se destacando em novelas e que já esteve no cinema em obras como "Cidade de Deus" e "5x Favela", para ser o intérprete de Wilson Bernardes/Farejador.
Thiago Martins, 24 anos, ator e cantor carioca
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Imagem:
1) Fonte: Cutting The Days - DevianArt, em  08/04/2007;
2) por Vitor Hugo Mota, em 29/11/2005 & 29/01/2007;
3) por Vitor Hugo Mota, em 21/09/2007;
4) por Vitor Hugo Mota, em 20/08/2012;
5) Fonte: UOL Entretenimento - Televisão, em  27/07/2011;
6) por Vitor Hugo Mota, em 18/05/2005, 20 & 21/12/2006;

ILUSTRAÇÃO BÔNUS
Capitão Falcão/Mário Moura: em versão uniformizada, ambas de 2006; e civil, de maio de 2005.

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