quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Man of Steel" - UM FILME SUPER... ESTIMADO! - Parte 1




Para início de conversa, já adianto que o texto é longo. Seu objetivo é de analisar ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE o primeiro filme, pois não se pode relevar a qualidade da primeira obra obstante a apresentação de uma sequência avassaladora. Cada filme deve ser capaz de se bastar como entretenimento único. Então, conjecturas sobre o futuro não serão argumentos esmiuçados e considerados.

 "Futuro? Eu vou te contar sobre o fut..."/"Aqui, não!"

Outro aspecto a ser considerado é o que PRECEDE este filme no que diz respeito a material relevante: não considerarei os seriados televisivos e animações. Apenas material impresso e películas anteriores

Esse aí, nem pensar!

A crítica a seguir não aspira mudar o fato de você ter gostado do filme. Afinal, gosto não se discute e o que é diversão para mim pode não ser diversão para você. A única pretensão destas laudas é mostrar os parcos pontos positivos do filme e suas toneladas de falhas miseráveis.


Comecei a curtir o último filho de Krypton – pra valer mesmo – depois do “The Animated Series: Superman”. Até então, ele era “o Tarzan dos Heróis”, “o Síndico da Confraria Fantasiada” ou, simplesmente, o dono da bola! Assisti seus filmes, li algumas de suas revistas, comprei a saga de morte, retorno e revanche do Superman (não tanto pela história, mas por achar que no futuro isto valeria milhões. Hoje, elas valem tanto quanto a credibilidade dos roteiristas envolvidos na trama caça-níquel).

 Especulação de quadrinhos: mantenha-se fora dela!


Então, após a série animada, fui apresentado a “Smallville”. Não tenho vergonha em dizer que assistia. As duas coisas que realmente me incomodavam na série era a capacidade limitadíssima de raciocínio e memória de passarinho de todos os humanos da série. Mas fora isso, era uma série que abordava com um “realismo” singular a presença do alienígena mais gente fina dos quadrinhos entre os humanos. Referências respeitosas, atuações nem tanto, mas, no fim das contas, uma boa série sobre o vindouro Superman... Até a 3ª temporada (que foi disparada a melhor). Depois disso, as esquisitices foram piorando a cada temporada e não sei como este inferno durou até a 10ª, mas durou.

 Pena que virou "Malhação" com Superpoderes...

Assisti o filme de 2006, dirigido pelo diretor-frisson da época: Bryan Singer. O cara tinha feito a primeira adaptação de super-heróis numa condição realista até então: “X-Men”. Seria ele a solução para o retorno do MAIOR HERÓI DE TODOS OS TEMPOS... NOT! O filme foi lento, com atuações sofríveis e um enredo que foi o primeiro filme do Donner, mas com Biotônico Fontoura. Isto fez com que Kal colocasse as cuecas de molho. Até 2013.

Eu relutei muito em fazer esta crítica. Os motivos são muitos: as pessoas dizem que sou ranzinza; que odeio tudo que é novo; que meus argumentos são depreciativos; que não gosto de ver ninguém feliz (um absurdo. Adoro me ver feliz); até uma pessoa que eu julgava um bom amigo, após ler sete laudas sobre minhas impressões do filme teve a coragem de me dizer, dentre outras palavras doídas e recalcadas “Teria sido muito mais simples e resumido assumir que VOCÊ não gostou do filme, porque a bem da verdade, seu argumento continua não me convencendo. E acredite, você também não convenceria ninguém que assistiu o filme e que conhece o Superman e conhece estruturas de filmes”. Isto deve soar xiita só pra mim, já que talvez alguns de vocês não saibam, mas eu sou roteirista e consultor de construção dramatúrgica pela PersonaGen Ltda, uma cooperativa de roteiristas. Saiba que tudo que eu analiso é realizado de forma fria e desprendida de envolvimento prévio com a obra. Por exemplo, o novo filme do Homem-Aranha (“Spectacular Spider-Man”, 2012) – herói do qual sou um fã desde molequinho – é uma bomba sentimentalóide que ojerizo tanto quanto “Cinderela Baiana”.

 Mantenha Distância!

Diante da declaração do até então meu amigo e de outros dois que desfizeram sua amizade comigo (por me julgarem um reclamão sem base) e que não queriam alguém negativo como eu ao lado deles, preferi assumir a postura de “Acho que basta eu dizer que NÃO GOSTEI, pois meus argumentos serão desenvolvidos contra pessoas surdas que estão predispostas a gostar de tudo que façam sobre seu personagem favorito”. Essas pessoas sempre dizem que eu não tenho argumentos, mas elas não entendem que elas não valem a pena o debate. E saber que pessoas como meus grandes amigos fãs do “Superman” Arides Luna (o maior fã de Superman que conheço, se equiparando ao meu tio Sergio) e Kiko Junqueira (que lia meus desabafos inbox com ele sobre este filme e dizia: ‘as pessoas precisam te ouvir, pois você tem muita lógica no seu argumento’) também não gostaram do filme, me incentivou a expor minhas considerações sobre o filme. 

E para começar, eu percebi que não gostei do filme, mas o que ODEIO de verdade são os FÃS desse filme. O filme ser ruim não é um problema, ele pode ser divertido. Está aí “Transformers” que não me deixa mentir. Mas ele é visto como ruim por praticamente todos que gostam dele. Não há hipocrisia nesta análise. E fico feliz pelas pessoas admitirem gostar de um filme ruim e estarem conscientes de seu status desacreditado. Isto é a felicidade que respeito. Mas se estes fãs de “Man of Steel” tivessem peito de simplesmente dizer “Cara, eu simplesmente me diverti com o filme. Não me preocupei com parte técnica e a trama exposta no roteiro”, eu respeitaria muito mais. O que me irrita profundamente, o que me faz espumar de raiva é saber que estas pessoas defendem as falhas desse filme como pontos fortes como guerrilheiros se unem a um ideal que já se deturpou há décadas. Eles não sabem pelo que lutam, mas são instruídas a defender aquilo, sem questionar.

Pois bem, o filme, numa escala de 0 a 10, é nota 4. Tá com raiva, é? Então, se você vai ler o que vier a seguir iradinho, fique com esta frase: “EU NÃO GOSTEI”. Coloque ela bem no fundo do seu... bolso e fique com esta imagem de mim e continue sendo obtuso. Agora, se você engoliu em seco, mas gostaria de saber os motivos pelos quais este filme é ruim, siga adiante. Quem sabe você possa crescer com uma nova visão das coisas, uma perspectiva diferente de um cara frio e sóbrio?

Vou analisar cronologicamente, ok? Cada ato do filme tem média de 20 minutos (sendo um deles com 40 minutos) e é neste tipo de estrutura que basearei minha análise. Então, como diria o Coringa em “The Dark Knight”...

"And Here We... GO!"

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