Palhetando o sucesso de Trajeto da Dama de Ferro: Pink Rocker
Mais uma vez volto a falar dos membros mais jovens da equipe de heróis. Desta vez, a última menor de idade do grupo tem seu dossiê aberto: Pink Rocker. Inspirada na membro de "Smallville Brasil" Natália Martins, esta heroína consegue converter energia luminosa em vibrações sônicas e ondas de som em rajadas de energia pelos punhos. A escolha do poder deriva da habilidade que Natália tinha na comunidade: era a enciclopédia das músicas da série "Smallville", dava toda a ficha técnica assim que o episódio terminava. Seu vasto conhecimento de referências musicais e sua predileção pela cor rosa me fez pensar em aglutinar as duas coisas. Por mais que durante a "entrevista" Natália tenha me dito que o Punk Rock não era seu gênero predileto, acho que a principal mensagem está no nome, e não no estilo: a Arrebentadora Rosa (Pink Rocker). O resto, é história (literalmente)... Em maio de 2005, o primeiro conceito da personagem foi esboçado, com direito à sua versão civil, Isabel "Bel" Vale (o sobrenome vem tanto da área do Vale do Aço - em MG - onde a heroína atua, como também de uma referência do ponto mais baixo da física ondulatória. E a opção para "Isabel" é só pelo apelido - Bel - referente à unidade de medição de intensidade sonora).
Ao fundo, versão "séria" de Pink Rocker; à frente, Isabel "Bel" Vale (esq) e Pink Rocker (dir) em versões "SD"
A heroína, à princípio, não tinha uma justificativa para o seu poder. Ela apenas conseguia fazer, como que por mutação genética. Diferente de Banshee ou Canário Negro, Pink Rocker só consegue emitir suas rajadas pelas mãos, nada de olhos ou boca neste processo. A princípio, ela era capaz de voar emitindo suas rajadas poderosas de encontro ao solo e usando como flaps de vôo (como as rajadas repulsoras nas luvas do Homem de Ferro). Isto é possível se ver na imagem abaixo, datada de agosto de 2005. Nela, a jovem vigilante foi revisitada em seu figurino e anatomia.
Pink Rocker: "Como voar nas ondas sonoras - volume 1"
Com estas mudanças de tipo de cabelo (de liso para ondulado), formato da cabeça (menos oval e mais diamante) e óculos mais largos, Pink Rocker pôde figurar no pôster publicado no dia 18 de Junho. Durante muito tempo, este conceito foi mantido e a mudança era desnecessária na minha cabeça, naquele momento. Em março de 2006, a heroína foi revisitada para figurar em novo traço junto aos companheiros na ilustração coletiva postada no dia 16 de Junho. Como uma menina de 16 anos hoje em dia já apresenta curvas apreciáveis (longe de mim a apologia à pedofilia, mas Nelson Rodrigues definiu em palavras: "Certas idades constituem à mulher, digamos assim, um afrodisíaco eficacíssimo. Por exemplo, 14 anos." Não fui eu quem disse, foi Nelson Rodrigues! Ele que responda, no Céu ou no Inferno, nosso Anjo Pornográfico!), então, vamos mostrar um pouco mais de pele.
Pink Rocker, em estrutura de puberdade crescente.
Com as roupas mais femininas e menos "Menina-Macho" (o que muitas meninas roqueirinhas parecem, usando aquelas roupas largas), Pink Rocker já pode ser analisada com menos reticência. Mas aí caí num outro porém: ela ficou mais "Pink" do que "Rocker". Eu perdi muitos traços da agressividade musical dela e isto fugia do seu conceito. Alguns elementos, por mais discretos que fossem, deveriam complementar seu figurino. Foi quando, em 2006, a heroína teve um novo banho de loja e alguns traços agressivos retornaram.
Pink Rocker com mais agressividade visual: à esquerda, primeiro ensaio; à direita, rotação mais nova.
É possível ver mais do que uma mudança no corte de cabelo: a camisa encurtou mais um pouco (pele, por favor...); as munhequeiras se tornaram de couro e com tachinhas metálicas; o cinturão no mesmo estilo das munhequeiras; meia arrastão e coturnos de couro. Vale notar o ensaio de um novo símbolo peitoral nas versões a lápis. Todo este esboço serviu para abrir as portas para o traço dinâmico e fluido do pôster exposto no dia 20 de Junho. Infelizmente, produzi a imagem direto para a ilustração coletiva, sem a rotação para estudo que outros tiveram. A imagem abaixo data de janeiro de 2007.
Pink Rocker em vôo, preparando um ataque, de 2007.
Nesta versão, além das mudanças citadas acima, houve uma alteração que veio para ficar. Assim como Arcanjo Zero, Pink Rocker terá uma mudança no cabelo quando acionar seus poderes especiais. Mas não nele todo, apenas numa mecha da franja, como a Vampira, dos X-Men. Este tufo de cabelo se tornará rosa-shocking desde a raiz até a ponta. Com isso, a identidade da heroína mineira se preservará não apenas com grandes óculos, mas, também, com a coloração berrante de seu cabelo. Mas é engraçado como eu sempre fiquei neste impasse entre o radical e o sensual de Pink Rocker. Eu nunca consegui unir as duas coisas de maneira efetiva na personagem. Tanto que eu ensaiei várias possibilidades (algumas muito esdrúxulas, como podem ser vistas abaixo, todas de 2008).
Pink Rocker: bizarrices de figurino, mas possibilidades de uniforme.
Foi, então, que outro conceito surgiu na personagem, que a definiu como peça importante em toda a trama do grupo. Pink Rocker não é humana. É uma andróide feita de uma liga metálica não natural do nosso planeta e movida por um transdutor atômico em seu peito, no lugar do coração. Isabel não imagina que ela não é um ser vivo, mas, sim, um autômato criado por um casal de cientistas e que recebeu o cérebro de sua finada filha, vítima de insuficiência cardíaca ainda bebê. Usando uma pele sintética desenvolvida para enxertos sem rejeição em queimados, os cientistas deram nova vida à sua filha. "Mas e como ela cresce?" Primeiramente, a manutenção de upload e recall feita pelos pais cientistas são feitas durante o sono da menina, que é "desligada". O conversor atômico de energia continua inalterada em todas as revisões. Para que ela não notasse que nunca quebrava um osso ou ficava doente, eventualmente eles emulavam uma gripe no sistema do andróide, mas logo era curada. O que os cientistas não imaginavam é que a natureza prega peças: alguns hormônios, na puberdade da moça, começaram a interagir com a fonte no peito da moça, conferindo uma carga extra de energia. Daí, ela extrai seus poderes. Um ensaio disto pode ser visto na imagem abaixo, de agosto de 2008.
Pink Rocker: versão vestida e "pelada"
Finalmente uma origem, uma fonte de poder e motivações dramáticas para a personagem. O símbolo da heroína, agora, também tem uma finalidade: é a iluminação excessiva da fonte nuclear em seu peito se manifestando. Por dentro, Pink Rocker já está totalmente definida, mas continua o drama: e por fora? Entra outro fator que vai auxiliar na manutenção de sua identidade secreta: seus olhos ficam rosa-shocking, assim como as mechas frontais da moça. Assim, os óculos podem ser dispensados. Figurino: tem que ser agressivo e levemente sensual. Cores padronizadas devem ser adotadas. São elas: negro, rosa e tons de cinza. Esqueci saias e bermudões, substituí por um short jeans circundados por um cinto de couro com tachas; luvas de couro e munhequeiras negras com tachas; sai a camiseta com o símbolo e entra o casaco negro com capuz; e os coturnos negros dão lugar aos confortáveis tênis rosas. A meia arrastão continua neste figurino. Isto pode ser visto no estudo bilateral abaixo, datado de maio de 2009 e que influenciou a imagem do pôster a ser publicado em breve.
Isabel Vale/Pink Rocker: o visual de combate definitivo.
Mas como todo "bicho-gente", eu sou um eterno insatisfeito. Vários traços começaram a fervilhar na minha cabeça. O que parece ter vindo pra ficar foi o figurino de guerra. Pink Rocker tem um visual definido. Mas e o figurino de Bel? A anatomia também foi estudada várias vezes e muitas imagens de referência foram elaboradas para análise, como podem ser vistas nas ilustrações abaixo, que datam do período entre abril e julho de 2010.
Pink Rocker: a melhor de três ficou com a que está na frente.
Mas, então, cheguei à proposta que mais me agradou, em agosto de 2010. O rosto chegou ao formato que me agradou, o cabelo começou a parecer novamente com a da moça que inspirou a heroína, o sorriso e os olhos idem. Um aperitivo do resultado se encontra aí abaixo, com um capuz menos revelador.
Pink Rocker/Isabel Vale: batida atômica de um coração.
Mas quem seria uma atriz de aspecto jovial (aparentando entre 16-18 anos), que esteja numa escalada de carreira expressiva? E, principalmente, com uma cara de mineira (semblante curioso e virginal)? Eu me encantei na hora com Sophie Charlotte, atriz e bailarina nascida na Alemanha, mas radicada brasileira. Esta jovem de 23 anos se passa tranquilamente por uma menina inocente, mas com atitude. Nela, eu enxergo Isabel Vale/Pink Rocker!
Sophie Charlotte, 23 anos, atriz e bailarina alemã radicada brasileira.
Gostou? Divulgue. Comente. Obrigado pela visita e volte sempre!Imagem:
1) por Vitor Hugo Mota, em 06/08/2012;
2) por Vitor Hugo Mota, em 27, 28 & 29/05/2005;
3) por Vitor Hugo Mota, em 16 & 30/08/2005;
4) por Vitor Hugo Mota, em 06/03/2006;
5) por Vitor Hugo Mota, em 15/12/2006;
6) por Vitor Hugo Mota, em 12/01/2007;
7) por Vitor Hugo Mota, em 08/04, 26 & 27/08/2008;
8) por Vitor Hugo Mota, em 31/08/2008;
9) por Vitor Hugo Mota, em 01/05/2009;
10) por Vitor Hugo Mota, em 25/04, 18 & 23/07/2010;
11) por Vitor Hugo Mota, em 11/08/2010;
12) Fonte: Freewords, em 14/03/2012.
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